terça-feira, 3 de abril de 2012


Traga de volta a alegria que aquelas ultimas palavras me roubaram. Elas foram como chuva fina que aos poucos tomam proporção arrasadora e destelham casas.
Preciso do sorriso e o riso fácil que despontavam nos meus lábios quando fitava os olhos nos meus...
Engraçado que quando isso acontecia, eu ficava mais tímida que podia aguentar e sempre soube disfarçar. Talvez eu não tenha sido mesmo, tão honesta com você...
Mas por favor! Devolve a paz que eu sentia quando me encaixava no seu abraço; Aquele frio na barriga com misto de proteção...
Nos dias difíceis, era só isso que eu desejava, era só o que eu precisava...
Eu quero de volta o sossego de fechar os olhos e sentir o cheiro...O cheiro que não sei explicar. Mas se carinho tem um cheiro, era aquele!
Sinto falta também, do gosto de café quente que eu sentia de longe só com o nariz... e do beijinho na testa que era mais maçã do amor de manhã.
Gostava de lavar os cabelos pensando que você ia desmaiar com o cheiro salada de frutas.
Até o tédio. Aquela coisa chata-linda de fazer nada a dois. Aquela coisa família de se olhar depois de uma propaganda de sabão em pó...A cara blasé que eu amava no domingo a tarde. E eu te amava no domingo a tarde...na segunda feira tembém, na terça, na quarta...só não te amava em dia de tpm, em que eu ficava chata demais, tagarela demais chorona demais...Você fugia mas sempre voltava com uma barrona de chocolate e castanhas!
E aquela raiva que me dava por seu medo de barata ser maior que o meu? Ponha na sacola e traga ela também!
Tem hora que a saudade chuta a gente por dentro como que querendo fazer gol. Nessas horas escrevo. Porque escrevo pra olhar de frente o que tem por dentro. Assim o que é feio fica bonito e já não é preciso fugir...As palavras me salvam!
Tem coisas que mesmo que a gente tente não dá pra entender. Porque se a gente entender dói mais. É ignorância-proteção, sabe?
No fim das contas, no fim da história, nunca se sabe se chegou mesmo ao fim. O sinal de que acabou, vem sutilmente e caprichoso. Quando o que não é mais, ainda era.


[Ivie]

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