quarta-feira, 18 de abril de 2012


Ela ficava se contorcendo de tanto chorar na cama.
Sabe quando criança chora e bate as duas pernas deitada no chão? Assim...
Durante esse ato desesperado ela conseguiu entender que crianças birrentas também sofrem. Ai o sofrimento é tão doído, tão grande que fica difícil de expressar só em lágrimas, só em gritos e o corpo com todos os membros querem falar também.
Porque ela acreditou de verdade que seria a ultima vez. Ela acreditou que seria a ultima escolha acertada mas não foi. Foi mais um erro. Um engano!
Depois de se dar conta ela pode contar que se sentia como criança sente quando constrói um castelo, cheio de detalhes...com torre, pontes e quartos de princesa e o vento derruba quando só faltava acertar alguns pequenos detalhes...
Esse gosto amargo na boca por medo de sentir medo e não sentir nada daquilo outra vez. Se ela pudesse voltaria no tempo...Mas fica dividida entre voltar bem antes de acontecer isso tudo pra fazer diferente, ou se escolheria ir pra outro lugar..um lugar diferente do que estava quando se encontraram.
Alguém contou que tem coisa que era pra ser e não foi...ela não sabe.
Mas essa dúvida quase bacana que ficou por não ter entendido direito se te disseram te amo ou até logo na ultima ligação...
Ai ela desiste de entender, porque quem ama não quer machucar como eles fazem.
Ela quer ver a Lua do outro lado da cidade. Construir castelo com pedras, não mais com areia e palavras cheias de ar.
Até eles devem ter cansado de mentir para si mesmos e pra ela...é o que ela pensa. Deve ter sido um apenas um tchau.



Ivie

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