segunda-feira, 23 de abril de 2012


Quando ela subia no alto da montanha
e olhava pra baixo, na direção da cidade via as luzes piscando.
Ela então, imaginava que agora mesmo, Dona Maria podia estar a tomar banho porque via a luzinha da menor janela da casa se acender...
Podia ver tudo lá de cima
e as coisas que eram grandonas acabavam ficando pequenininhas.
A luz da igreja que ficava na pracinha, também ficava menor. E era uma luz bem cheia de tamanho, daquelas que até atrapalham a visão da gente quando quer paquerar moço bonito na quermesse...
Lá de cima até o que dava medo quando ela estava lá embaixo, não dava mais.
Só o medo de altura que insistia em aumentar. Porque ela estava acompanhada mas sozinha..ou seria sozinha mas acompanhada?!
Ela ficava confusa...chegava a ficar meio tonta por causa do vento forte que batia e parecia que a queria derrubar...
Ai ela abria os braços, fechava os olhos e saia voando por cima da cidade luminosa, sentindo o cabelo voar também.
Já que o medo vinha mesmo, não tinha jeito..o jeito era se jogar.
Já era dia e ela nem via.

Ivie

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