terça-feira, 29 de novembro de 2011

Criei um mundo colorido pra nós dois.
Cheio de flores e raios de Sol.
Que quando a noite vem, uma Lua cheia e amarela filma nosso filme e cuida nossos sonhos...
Um jardim imenso...uma casinha pequena.
Joguei sem querer tinta no mundo nosso e acabou ficando tudo bem mais bonito.
Alguns acidentes acabaram tornando-se arte.

e eu já nem sei se isso tudo aqui teria essa graça se não existisse você...
e o que se faz com essa vontade atormentada de sair correndo?
que se faz com essa dor no centro da alma me pedindo pra ficar?
que se faz com a necessidade de voltar no tempo e consertar erros? Não...
Com os erros aprendemos, com erros aprendi.
o que se faz quando a noite chega e a falta se faz mais presente que tudo?
que se faz quando se quer dizer e acha melhor calar?
que se faz quando no meio de um turbilhão de sentimentos bons uma frase consegue destruir a magia do momento?
que se faz se essa frase soa no ouvido o dia todo sem parar?
como se fosse castigo...
como se pudesse ser punição...
que se faz com esse desejo de ir embora
e a voz que te pede pra ficar?
que se faz se os planos se perderam?
se as palavras se perderam...
mas não se perdeu a teimosia de tentar?
que se faz quando a gente sabe onde tudo isso vai dar?
que se faz quando se acredita em tudo que não se quer acreditar?
que se faz?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pinta a cara do palhaço com tinta de papel
Sai correndo pelo mundo,
Toca o azul do céu.

Fita menina no balanço
Vestido de renda e cetin.

Toca a gaita deitado na grama,
solta a pipa
que sai o ruim.

Verde musgo, laranja e vermelho
Cores feitas só pra mim.

Nuvem pesada,
Cheia de chuva.
Sol trás calor
e fim.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Liguei pra minha avó e disse que iríamos, Zion e eu, almoçar com ela. Como fui de busão, passou um tempão até que eu chegasse no ponto que era ainda distante mas daria na casa dela.
Ao virar a esquina, de longe a ví em frente de casa, com a postura curvada da idade, apoiando-se na bengala e os cabelos mais brancos que loiros (como já foram um dia). Depois de alguns passos a frente, mas distante ainda, ela pode então me reconhecer e acenei. Ela sorriu e feliz retribuiu. Meu filho, Zion correu até ela que o abraçou e o beijou e o fez tomar a benção. Foi lindo.
Foi lindo porque vi o mesmo sorriso que se abria quando me via criança chegar. Lindo por perceber a aportunidade que meu filho tem de conviver com alguém que pra mim foi e é tão especial. Por alguém que é tão especial pra mim poder conviver com meu filho...
Porque acredito na família e na força que o amor tem em unir as pessoas.
Foi lindo porque amar é lindo. Trocar é lindo. Porque o brilho que vi naqueles olhos velhos, eram intensos como há anos atrás.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sonho Bobo de Princesa.


Era princesa sozinha;
Cheia de sonhos de flor.
Foi numa festa maneira
que conheceu seu amor.

Sapo com cheiro de moço,
Que a fita sem parar;
Foi desvendando o mistério
Que ninguém soube encontrar.

Princesa medrosa era essa;
Por detrás da cara de má.
Foi caindo nos encantos,
Do sapo safado a olhar.

Tocou-lhe o coração e quis cair fora,
A princesa soube gritar;
Reinvindicando o direito.
Direito sincero que tem de amar.

Ter um amor tão lindo.
E ter de perder o medo.
Medo de mostrar-se nua.
Fruta no pé? Desejo.

Não nua de roupa de pano.
Nua de pano na alma.
Sobe no pé desse moço,
que a moça fica alta.

Conta pra ele o segredo,
Sente o coração doer;
Olho no olho, abraço inocente
E a dor faz derreter.

Tira do peso o peso com dentes;
faz a menina flutuar;
Moça desconfia sapo-principe
principe faz moça remoçar...

Luar esse que a chuva tampa;
Faz da noite fininha seda.
Se ele for mesmo um principe
Será ela sua princesa.

Princesa presa? Não mais;
Foi liberta pelo amor.
Flor de veludo linda de um sonho
Não me acorde por favor.

Dom de principe é virar Rei.
Princesa um dia vira Rainha;
Agora eu acredito
Que existe fada madrinha.
Sabe quando a gente sabe?
A gente vê.
A gente sente.
Mas precisa ouvir?!


Se gritasse o que nao pude compreender com exatidão num primeiro momento, teria arrancado de mim o sorriso que tenho saudade de emitir. No entanto, seu silencio diante da minha solicitação só me fez deixar mais triste e insegura. Porque a sua incerteza infelizmente gera a minha.



Lembra que você me questionou o porquê do meu silêncio repentino e eu com um nó na garganta disse com sinal que não podia contar?!
Meu medo era de parecer ridicula, carente ou infantil a teus olhos. Mas decidi me abrir...Não quero segredos entre nós dois...
Foi na verdade a mistura de mil coisas aqui dentro e por isso fica complicado transformar em palavras pra eu mesma entender.
A ausência do meu sorriso e o motivo das lágrimas nos olhos; do coração apertado; do silencio teimoso, que por mais que por dentro eu fizesse esforço ficou e está comigo ainda, foi por perceber que as horas ao seu lado, por mais que eu faça de tudo pra curtir ao máximo, passam rápidas demais. Foi por lembrar da paz que eu senti, quando na madrugada da noite anterior acordei e te vi ao meu lado.
Foi por lembrar de pedir a Deus que encontrasse alguém assim: do jeito que você é.
No momento em que te olhava pedi a Ele que permita que esse respeito e esse amor se tornem cada dia mais fortes...Pensei que se falasse com Ele de todo o coração olhando nos teus olhos, fosse mais fácil de se tornar verdade meu pedido...Porque olhando pra você, sentindo seu coração bater perto do meu como senti naquele momento, fosse mais fácil dele me atender...
Por amar ter você ao meu lado e poder desfrutar da companhia do amor mais bonito e do melhor amigo ao mesmo tempo.
Cada dia mais.
Mais de verdade. Mais sincero. Mais bonito. Mais amor.

sábado, 19 de novembro de 2011



Nem sonhava esse sonho
essa loucura incontrolável de ser
Nem sonhava essa vontade ligeira de ter
Nem sonhava folhas secas no chão
nem podia imaginar
nem posso crer nesse céu
Eu nem consigo pular sem cair
Fujo do fogo que queima
Fujo do mapa que encontra você
Corro pra cima de um morro de velas
Tudo num poço que emana da alma
Fico por tudo que sinto e que sei.

terça-feira, 15 de novembro de 2011



Foi um sonho bonito.
Que triste... Até sonhos bonitos são efêmeros.



Perdi.
Me perdi em algum lugar e não há como voltar.
De repente...e de repente quando tudo pareceu estremecer por dentro,
como um vulcão em furia, gritei.
E todas as montanhas e campos e aves no céu puderam me ouvir.
Era um grito de chama, de lágrimas, e de renascimento, embora de dor.
Fracasso, medo e um misto de nostalgia.
Voei.
E o bater de asas soavam uma canção de ontem. O infinito entrou em mim e corrompeu todas as resistencias.
Fugi.
Por uma estradela cheia de flores de um outono triste. As pernas corriam como que fugindo de uma próxima estação, sem me dar conta que a próxima estação estaria a frente. Eu então, corria a seu encontro.
Enfrentei.
Tive que enfrentá-la, conhece-la...
e por isso, algo que até então trazia-me um receio carregado de certo pavor, trouxe-me pois, boas perspectivas, de certa forma, grandes conquistas e certamente novos medos a enfrentar.
Tudo bem. Aprendi a voar.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Maybe.

Ela olhou pra ele e sentiu arrepiar a pele;
Talvez ela ainda acreditasse que seria impossivel viver assim...
Mas ele olhou pra ela e disse sentir o mesmo. E isso fez com que ela, provavelmente, não se sentisse só.
Porque é nos braços dele que ela se sente protegida;
é ao lado dele que ela quer estar;
sua gargalhada mais aberta com ele...
e os beijos?
Os beijos são todos pra ele.

Talvez Deus tenha guardado para eles seus melhores planos.
Somos uma casinha... E devemos proteger essa casa.
Só entra quem eu deixo entrar. Só fica se eu permitir ficar.
Acontece que tem gente que age que nem ladrão mesmo. Pula janela da gente, vem chutando porta, quebrando tudo.
Tem ladrão que entra devagarinho, sem fazer muito barulho, sem chamar quase atenção. Por isso minha casa é munida de alarmes e raios lazeres para proteção. Se chega alguém assim, faz um barulhão. Esse aparelhinho especial detecta as entrelinhas, saca? Aii...eu fico assim...escondidinha, num cantinho só esperando qual será o próximo passo do invasor silencioso pra atacar e mandá-lo pra fora da minha vida...ops, da minha casinha...
Os silenciosos, são tão perigosos e querem o mesmo que os que chegam fazendo barulho: Levar o que você tiver de especial...Eu chamo o que tenho de especial de equilibrio, amor próprio...sanidade. Isso não posso perder. Protejo com tudo que tenho.
Sua casinha está protegida? A minha está. Tem um cão bravo do lado de fora, que eu chamo pra dentro qualquer coisa pior que aconteça. O nome do cão??

Chamo-o de Voz. Alguns de abstração...outros de fuga...
Tem horas que uso do choro, Ora do grito. Ora do riso.
Não importa o mecanismo. Proteger-se é essencial.
;)

Ivie

domingo, 6 de novembro de 2011


TrÊs palavras e uma explosão.
O sorriso teimou sair nos lábios
e permaneceu o restante do dia.

Senti também que meus olhos brilharam
antes de permitir que as lágrimas se libertassem.
Porque chorar na tristeza é desabafar...
Na alegria é quase que um canto.

A chuva caiu fininha e ligeira.
E a gota correu pelo vidro da janela...

E não há outro lugar no mundo que eu queira estar
senão aqui: do lado de dentro.
Porque ali te encontro.
Moço, calmo e sorrisos...
Só pra mim.
Só pros nossos sonhos.
Apenas para o meu amor.

sábado, 5 de novembro de 2011

Arrastando nas sombras de uma noite gelada,
suas asas quebradas.
Depois de contemplar o céu em sua plenitude,
Volta ao lar:
frio;
escuro;
medo.
Saudosa virtude de viver essa movimentação constante.
Num passo de quatro pernas
quatro pés
e um só coração.
Segura meu peito, meu choro meus olhos em suas mãos.
Te dou meu vício
Meu corpo é teu.
O destino, nós escolhemos.


Ivie

três meses.