quinta-feira, 19 de julho de 2012

Se dentro de mim tiver um cheiro, o cheiro é de tempestade. Sem essa coisa morta que a gente sente quando ta frio e quer parece que quer mesmo morrer deitada no sofá... Com um coque mal feito nos cabelos sujos de três dias e meio sem tomar banho, baldinho de pop corn temperado com sazón no colo e aquele moleton surrado que você não tem coragem de sair nem na sacada pra olhar a avenida poluída cheia de mendigos pedindo esmola. É...aquele telefonema fora de hora que perturba e faz feliz, sabe? Esse lance chuva fina, sabão de coco e bolacha recheada de manhã. Um lance proibido! Se dentro de mim tivesse uma imagem seria Tóquio..só hoje. Frio, distante e ... E...que mais posso dizer de Tóquio? Cheio! Lotado! Isso... Preciso fugir! Se dentro de mim tivesse um gosto, seria o gosto de vinho barato misturado a amendoim torrado..Combina? Não...Nada aqui dentro tem combinado. Mas é do diferente que eu gosto. Desse jeito rebelde das coisas acontecerem. A fita é que nos conhecemos bem e isso mortifica a novidade. Mortifica até o medo. E pra falar a verdade, se meu nome fosse o nome de um neurotransmissor seria adrenalina.

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