
Era princesa sozinha;
Cheia de sonhos de flor.
Foi numa festa maneira
que conheceu seu amor.
Sapo com cheiro de moço,
Que a fita sem parar;
Foi desvendando o mistério
Que ninguém soube encontrar.
Princesa medrosa era essa;
Por detrás da cara de má.
Foi caindo nos encantos,
Do sapo safado a olhar.
Tocou-lhe o coração e quis cair fora,
A princesa soube gritar;
Reinvindicando o direito.
Direito sincero que tem de amar.
Ter um amor tão lindo.
E ter de perder o medo.
Medo de mostrar-se nua.
Fruta no pé? Desejo.
Não nua de roupa de pano.
Nua de pano na alma.
Sobe no pé desse moço,
que a moça fica alta.
Conta pra ele o segredo,
Sente o coração doer;
Olho no olho, abraço inocente
E a dor faz derreter.
Tira do peso o peso com dentes;
faz a menina flutuar;
Moça desconfia sapo-principe
principe faz moça remoçar...
Luar esse que a chuva tampa;
Faz da noite fininha seda.
Se ele for mesmo um principe
Será ela sua princesa.
Princesa presa? Não mais;
Foi liberta pelo amor.
Flor de veludo linda de um sonho
Não me acorde por favor.
Dom de principe é virar Rei.
Princesa um dia vira Rainha;
Agora eu acredito
Que existe fada madrinha.
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